Nova espécie de tucunaré é descoberta
A família dos tucunarés tem um novo integrante, agora são 16 tipos diferentes . É que uma nova espécie de tucunaré foi descoberta pela ciência na bacia do rio Essequibo. Esse curso d’água fica na Guiana e tem alguns afluentes que vêm da Venezuela. O novo tucunaré é endêmico de lá. Isso significa que, naturalmente, ele só existe naquela região.
A pesquisa foi divulgada neste mês (março de 2020) pela Academia de Ciências Naturais da Filadélfia.
Mas o que significa dizer que ele foi descoberto? Será que só agora alguém pescou esse peixe? Na verdade, os cientistas já têm exemplares dessa espécie desde 1908! E quando dizemos que ele foi ‘descoberto pela ciência‘ significa que os pesquisadores finalmente conseguiram provar, mediante estudos, que essa é uma espécie diferente de todas as outras. Neste caso, houve inclusive estudos moleculares.
Como na maioria dos tucunarés, o padrão de manchas é fácil de reconhecer.
Quando adulta, a nova espécie de tucunaré possui duas manchas na lateral do corpo.
Uma delas é um círculo alinhado com o início da nadadeira dorsal. Detalhe, observe na fotografia que este círculo fica totalmente abaixo da linha lateral do peixe. E a outra mancha fica do meio para trás do corpo e tem um formato bem irregular.
Além dessas dessas marcas, o novo tucunaré também tem o ocelo, na cauda, e mancha sobre o opérculo, parecida com aquela que existe no tucunaré-açu (Cichla temensis)
Inclusive, esta nova espécie de tucunaré ocupa um lugar de honra entre os vários tipos que existem.
Cientificamente, ele está no mesmo ramo que se encontram o tucunaré-açu – que é o mais procurado por pescadores esportivos, o pinima (Cichla pinima), o azul (Cichla piquiti) e o tucunaré-do-xingu (Cichla melaniae).
Porém, o único tucunaré que convive a nova espécie, no mesmo rio, é o nosso conhecido tucunaré-amarelo (Cichla ocellaris), que foi introduzido inclusive em represas da região sudeste. Mas veja que interessante, enquanto o amarelo vive nas lagoas de águas calmas da bacia do Essequibo,
o novo tucunaré gosta de locais com pedras e águas rápidas.
Outra curiosidade. O C. cataractae não existe na bacia amazônica. O rio Essequibo deságua no caribe e não está conectado a nenhum rio que vai para o Amazonas.
Se você quiser fisgá-lo obrigatoriamente deverá fazer uma aventura internacional para Venezuela ou Guiana.